Trabalho discutido no congresso- colóquio ” figuras da diferença e o dispositivo psicanalítico do grupo”

Nessa semana acontece o II Colóquio Internacional da Rede Interuniversitária – Grupos e  Vínculos Subjetivos. O tema do Congresso é : “ Figuras da Diferença e o dispositivo psicanalítico do Grupo”. 

A experiência com o Trabalho em Empresas Familiares será discutido  e apresentado por Valéria Lisondo na sexta-feira, 20/04/18 ( conforme programação) . A  questão da Transmissão ( a partir do referencial de um psicanalista denominado René Kaes) será pensada à luz das Alianças Inconscientes em jogo nesses Grupos Familiares.   Tem destaque o questionamento acerca das possibilidades de um exercício criativo e autoral nesses contextos, bem como os atravessamentos de um cenário contemporâneo.   Arendt ( citada por Spacks na sua obra ” Boredom : The literary History of a State of Mind) indica: ” uma demanda universal pela felicidade e uma infelicidade generalizada em nossa sociedade… não são mais do que dois lados da mesma moeda”.    Os atores de Famílias Empresárias muitas vezes descrevem e experimentam um clima tingido pela descrição da filósofa. A própria expectativa de Felicidade convém ser pensada na Interface com o exercício de um Papel Profissional e Societário no âmbito de uma Família e de uma Empresa.” Eu só queria ser feliz aqui ” – são frases muitas vezes ouvidas por nós.  Ocorre que nenhuma Organização pode ” fornecer” ” felicidade. E essa própria demanda é reveladora de uma certa maneira de compreensão de si e do mundo.

Bem como dos imperativos culturais e sociais que permeiam nossos tempos. Oferecer experiências de transformação para esses Grupos é o cerne do nosso trabalho. É gratificante muitas vezes constatar que a Família Empresária passa a adotar outros vértices – o que antes era aversivo passa a ser outra coisa. Lidar com  frustrações ; impasses e conflitos muitas vezes é descrito nesse processo como a possibilidade de Realização. E, porque não dizer, de momentos de felicidade.